Resenha: A Voz do Arqueiro

Título: A Voz do Arqueiro -  Signos do Amor #01 | Autora: Mia Sheridan | Editora: Arqueiro | Ano: 2015 | Páginas: 336

Que livro! Eu nem sei por onde começar, talvez seja melhor começar do começo, não é mesmo?  rsrs

Já conhecia a escrita da autora, porque já tinha lido outros livros da série, mas não conhecia o Archer, meu estranho e silencioso rapaz.

Fiquei em estado eufórico quando a Editora Arqueiro divulgou os direitos de publicação da série Signos do Amor e estava superansiosa por esse lançamento, tanto é que assim que recebi o livro mergulhei de cabeça nele, e não consegui desgrudar até ver seu final, que pelo meu comentário ali em cima, vocês podem perceber que foi muito, mais muito satisfatório.

Mas vamos ao que interessa, vamos conhecer um pouquinho de Archer e Bree.

Após perder seu pai em uma trágica noite, Bree Prescott acaba decidindo se mudar temporariamente para Pelion. De cara ela se vê encantada pela cidadezinha e logo faz novos amigos, e também conhece o misterioso, intrigante e silencioso, Archer.

“Havia algo em Archer Hale que me intrigava... algo que eu não conseguia compreender.”

Archer Hale parece mais ser uma sombra em Pelion, já que ninguém liga para ele, para o que acontece na vida dele, ou até mesmo no que aconteceu anos antes no trágico acidente que mudou sua vida para sempre. 

Ao se deparar com Archer, Bree acaba ficando curiosa para saber mais sobre o rapaz silencioso, que não lhe dirigiu nenhuma palavra enquanto ela tagarelava. Mais tarde, descobrimos que Archer não conversa por causa de um acidente em suas cordas vocais, mas ele ouve bem, e usa a linguagem de sinais para se comunicar. 

A cada dia que se passava, Bree se via mais tentada a se aproximar e tentar ser amiga de Archer. Havia algo nele, por baixo do jeito selvagem e desconfiado, um homem que valia a pena conhecer. E ela investe boa parte de seu tempo para tentar se comunicar e se aproximar dele. Archer inicialmente não parece propenso a ter uma amizade com Bree, mas o tempo dá seu jeitinho e eles acabam se tornando melhores amigos e, de repente, apenas a amizade não bastava, e eles investem em algo mais. 

O relacionamento entre eles é intenso, verdadeiro, onde eles se descobrem juntos, os medos, os traumas... e é lindo de se ver como duas pessoas que sofreram tantas perdas, tanta dor, podem se completar como Bree e Archer se completam. 

"Mas me sentia bêbada de Archer, bêbada de amor, de desejo, de algo indescritível que eu não conseguia nomear, e que, ainda assim, tomava conta de mim, tomava conta do meu corpo e da minha alma, alguma conexão primitiva que devia estar ali antes mesmo que eu existisse, que ele existisse, antes que nós dois sequer houvéssemos respirado o mesmo ar, algo que estava escrito nas estrelas."

Mas, claro que, como todo relacionamento, Archer e Bree têm seus altos e baixos. Em algumas cenas meu coração ficou pequenino achando que tudo daria errado.

Conforme o relacionamento entre eles evoluía e crescia, Archer se mostrava cada vez mais inseguro e tinha medo de não ser o suficiente para Bre, e de não conseguir dar uma vida digna e de construir uma família ao lado dela. Já Bree tenta de todas as formas mostrar a ele que o que ela mais deseja é ficar ao seu lado, e que ela não vai embora de Pelion. Mas Acher acaba decidindo descobrir o mundo por si só, expandir suas experiências - que não são muitas - com o mundo lá fora, se arriscar e tentar a se habituar a tudo e a todos, e descobrir que o problema da maioria das pessoas ignorá-lo não é dele, mas sim, delas, pois cada um tem uma forma de encarar o fato de ele não conseguir falar.
Na maioria das vezes julgamos muito pela aparência, e esquecemo-nos de ao menos tentar conhecer o próximo.

"Talvez não houvesse certo ou errado, branco ou preto, apenas muitos matizes de cinza no que se referia à dor e às responsabilidades que cada um de nós atribuía a si mesmo."

Na sinopse menciona o seguinte: "Mia Sheridan fala de um amor que incendeia e transforma vidas.", e essa definição não poderia estar mais certa.
Ler sobre o amor de Bree e Archer foi algo encantador, doce, lindo, acalentador e arrebatador. 

"Havia aprendido recentemente que, com frequência, o amor era uma questão de aprender a falar a língua da outra pessoa."

Ah linda Bree, como não se encantar por ela? É impossível! 
Eu adorei o fato de ela ser tão segura de si e de seus sentimentos para com Archer. Ela confia e se entrega, o ensina, e o ama acima de tudo; Bree é aquela típica mocinha que quando quer/deseja algo, ela luta, insiste e persiste até conseguir. 

E o que falar do meu estranho e silencioso rapaz?
Ah Archer! Suspiros infinitos por você! Meu imperfeito perfeito! 
Acho que nunca me deparei com um mocinho como ele. Que perfeição! Impossível não amá-lo, entendê-lo, desejar abraçá-lo, e ensinar a ele tudo o que ainda não sabe (ownnnnn *-*).
Archer é tão lindo, amável, inteligente, especial, tão, mais tão apaixonante e diferente de todos os homens literários e reais que já conheci. E quando digo diferente é de uma forma boa, muito boa por sinal. ;) Estou in love por ele. 

Além de ter ficado obvio que me apaixonei por Bree e Archer, não poderia deixar de mencionar o quanto gostei da maioria dos personagens, na verdade, durante todo o livro só senti antipatia por Travis Hale ("primo" de Archer) e a mãe dele, uma mulher amarga e disposta a tudo para ter e não perder seu poder sobre Pelion.

O livro é lindo, cheio de sentimentos e ensinamentos, que em muitos momentos nos fazem refletir. 
Apesar de ter achado o final um pouquinho corrido, amei infinitamente 'A Voz do Arqueiro', e claro que ele se tornou um dos meus queridinhos e entrou para a lista de favoritos.

"Coisas ruins não acontecem com as pessoas porque elas merecem. Não é assim que funciona. É só... a vida. E não importa quem somos, temos que lidar com a sorte que nos cabe, por mais terrível que ela possa ser, e tentar fazer o melhor para seguir em frente de qualquer modo, amar de qualquer modo, ter esperança de qualquer modo... ter fé de que há um propósito para a nossa jornada. Segurei as mãos dele por um instante, então soltei-as para que pudesse continuar. E tentar acreditar que talvez mais luz brilha por trás daqueles que têm as maiores rachaduras."



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