Resenha: Amor Verdadeiro

Título: Amor Verdadeiro | Autora: Jude Deveraux | Editora: Essência | Ano: 2016 | Páginas: 464

Sem delongas darei lhes minhas sinceras considerações. E aviso desde já, que tem inúmeros spoilers.

Estampado com letras garrafais de “Best-seller do The New York Times”, Amor Verdadeiro é o exemplo claro daquele velho ditado que dizia: Não julgue o livro pela capa!

Exatamente isso o que aconteceu comigo. Capa linda, sinopse empolgante (quase orgásmica) e quando me dei conta, foram eles que gozaram (desculpem a piadinha sem graça rs) pois, fiquei apenas na expectativa do belo romance em uma ilha paradisíaca, rodeada de mistérios e segredos... simplesmente - Broxante!

Narrado em terceira pessoa, com foco e ênfase na historia local e da tal família Kingsley que povoam a ilha Nantucket (Massachusetts). O livro conta a historia de Alix, uma jovem de pais divorciados e cheios de mimos por ela; recém-formada em arquitetura, recebe um testamento no qual ela deverá ficar por um ano em uma mansão na tal e ilha, e é ai que toda a trama acontece. Com riqueza de detalhes da ilha (tornando o livro maçante e cansativo) e repleto de personagens sem graças, com pouco sentimentalismo, me senti, praticamente, lendo um guia local e uma quase tentativa frustrada de tornar o interesse de ambos protagonistas (o amor e a paranoia por arquitetura) em algo sexy e atraente; e isso com certeza não funcionou.

Quantos aos segredos e mistérios da ilha e da família, são totalmente sem nexo e mal explicados. Tipo, você descobre que seus pais, individualmente, vão a essa tal ilha sem que você saiba, pois ajudam psicologicamente e financeiramente na criação de um jovem problemático, que você desconhece, e por quê? Por nada, nem a protagonista Alix se deu ao trabalho de entender ou criar caso. Pra que esconder uma coisa dessas?

Quando se dispõem a escrever um livro com um assunto tão peculiar como, espíritos, almas atormentadas e reencarnação, não dá pra simplesmente inventar um Gasparzinho (fantasminha camarada). Poxa, achei uma falta de respeito com um assunto tão sério e tão rico de detalhes, ter sido tratado de forma tão ridícula.

Ultimo spoiler, prometo! E mais revoltante. O que você faria se flertasse, se interessasse e dançasse até quase flutuar, por um misterioso homem, e que descobrisse no final que o tal, se tratava do fantasma do tataravô Caleb (eu acho, pois em diversos trechos aparecia escrito Caled) do seu namorado?! Eu com certeza surtaria, mas Alix simplesmente acha a situação engraçada.

Por essas, e outras achei o livro Amor Verdadeiro uma grande chatice, demorei intermináveis três semanas para conseguir terminar de lê-lo, e o fiz por uma questão de honra. Só sei que a autora desperdiçou a chance de criar o maior best-seller do século. Este é o primeiro livro da trilogia, e com certeza será o ultimo que lerei da franquia.

Palavra da vez: Decepção!

Resenha por: Karen Procopio 

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