Resenha: A Protegida

Título: A Protegida - The Travis Family #1 | Autora: Lisa Kleypas | Editora: Gutenberg | Ano: 2015 | Páginas: 287

Sumida, mas não esquecida. Eis que ressurjo das cinzas para contar lhes sobre essa belezinha chamada A PROTEGIDA, da escritora Lisa Kleypas.

Há tempos queria ler algo dela, já que ela tem também uma série recomendadíssima de romances de época (meus xodós). Eis que essa lindeza aterrissa em meu colo via Taty. Mas como nem tudo são flores, preciso confessar que não foi amor à primeira lida, pois até o 10 capítulo eu me sentia lendo uma bula de remédios, um monte de informações sem nenhum sentimento.

É o seguinte, Liberty Jones era uma garota superdeterminada, mas muito sofrida, morava com sua mãe irresponsável e sua pequena irmã Carrington em um estacionamento de trailers. Lá ela conhece o ambicioso charmoso Hardy Cates, que torna seus dias melhores e mais interessantes, mas como desgraça pequena é bobagem, nossa sofrida Lyberty, come literalmente o pão que o demo amassou.

Sua mãe morre em um trágico acidente e nossa sofrida mocinha, se torna muito cedo a mãe de sua pequena irmã. Nessa parte que eu brochei, Meoo sério, quando alguém morre, eu quero chorar junto com os personagens, guardar luto, sei lá, e... Nada! Nem quando o maldito Hardy FUCKER* Cates abandona Liberty eu não senti nada. Mas aí, meus amigos a trama dá uma reviravolta e é preciso admitir que a danada faz um ótimo romance.

Não me apaixonei loucamente pelos personagens da trama como tantos outros, mas me vi obcecada por dois dias, lendo a cada brechinha de horário, querendo devorar o fim do livro e com o coração apertado pela pequena quantidade de páginas que ainda restavam.

Na segunda fase, Liberty assume responsabilidades muito cedo e começa a trabalhar como auxiliar em um salão de cabeleireiros badalado. E passa a conhecer um submundo onde velhos magnatas mandam e desmandam na cidade, e escolhem a dedo suas "Protegidas", que fazem o que suas fortunas puderem comprar. Logo Liberty é escolhida pelo excêntrico e temido Sr Churchill, e vê sua vida e de sua irmã mudarem drasticamente, pois Liberty descobre que Churchill tem muito mais a lhe oferecer do que proteção, comida e um teto. Claro que seu filho Gage Travis não concorda com a presença constante de Liberty e sua pequena irmã Carrington na mansão da família, mesmo depois de perceber que a relação de seu pai e Liberty era apenas fraternal.

Mas a linha é muito tênue entre o amor é o ódio e é aí que babado fica top. Hardy FUCKER* reaparece e Liberty se vê dividida entre o carneirinho mal-humorado e o lobo mal.

Mentiras, triângulos amorosos, revelações do passado, desejo e dúvidas à flor da pele, tudo isso nos 15 capítulos finais. Narrado em primeira pessoa, com escrita fácil, mas rica nos detalhes, o que acaba tornando algumas partes dos livro maçantes. Apesar do drama morno, pelo romance, vale muito a pena ler. No balanço geral, esse eu também recomendo!

Resenha por: Karen Procópio 

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