Resenha do Filme: It - A Coisa

Título: It - A Coisa | Ano de Lançamento: 2017 | Direção: Andy Muschietti | Distribuidor: Warner Bros

Qual o segredo para o sucesso estrondoso de um filme? 

It: A coisa, filme baseado na obra homônima de Stephen King, do gênero terror, ganhou os holofotes mundiais desde sua estreia.

Nos EUA, com apenas 15 dias em cartaz, a produção faturou 228 milhões de dólares, tornando-se a maior bilheteria de todos os tempos para um filme de terror.

Em terras tupiniquins não foi muito diferente. No final de semana em que estreou, foi visto por 1.180.000 de pessoas, se tornando a maior abertura da história para um filme de terror no Brasil.

O enredo de It: A coisa nos traz a cidade de Derry, no Maine, como cenário. Mesmo sendo uma cidade relativamente pequena, os casos de desaparecimentos de crianças e adolescentes são altos.


Logo de início, vemos a tão famosa cena do barquinho de papel. Num dia chuvoso, Bill (Jaeden Lieberher), faz um barquinho caprichado para seu irmãozinho fofo, Georgie (Jackson Roberto Scott). 

Georgie então vai à rua para acompanhar seu barquinho flutuar sobre a água da chuva. E é assim que  seu brinquedo cai dentro de um bueiro. O que ele não esperava, era encontrar um palhaço lá dentro.

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Pennywise (Bill Skarsgard) é o nome da forma palhaço de uma criatura horrenda que se alimenta dos medos das pessoas. Suas vítimas preferidas são as crianças. E Georgie, tão ingênuo e cheio de medo, foi uma isca fácil.

Nos primeiros minutos do filme, mesmo já carecas em saber o que iria suceder a Georgie, ficamos horrorizados. O palhaço simplesmente arranca o braço da criança. O contraste criança fofa x sofrimento provoca repulsa. 

Voltando ao enredo, ninguém sabia ao certo o que havia acontecido à Georgie. Próximo ao bueiro, foi encontrado marcas de sangue, indicando uma possível morte.

Bill, um pré-adolescente gago, não acreditava na morte do seu irmão; e por conta própria resolveu investigar onde ele havia ido parar. Em sua imaginação, Georgie poderia estar preso à rede de esgoto.



Somos remetidos ao círculo de amigos de Bill. O desbocado Richie (Finn Wolfhard); o hipocondríaco Eddie (Jack Dylan Grazer) e o judeu Stanley (Wyatt Oleff). 

Num meio escolar carregado de bullying, o grupo se torna vítima constante de uma turma de valentões, que pegam pesado nas agressões. 

E é devido ao bullying que Ben (Jeremy Ray Taylor), um gordinho que se mudou recentemente para Derry; Mike (Chosen Jacobs), um garoto negro e Beverly (Sophia Lillis), a única garota do grupo, com sexualidade aguçada; se aproximam do grupo de Bill. Grupo este com características que, infelizmente, são comuns ao preconceito.



Assim sendo, eles se autodenominam clube dos perdedores. E juntos, tentarão combater o mal que acerca Derry.

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Li uma crítica sobre o filme que afirma que ele está longe de ser um terror, que mais se parece com os Goonies que qualquer outra coisa.

Lendo meu resumo sobre o enredo, confesso que tem certa familiaridade rs. Mas não concordo com essa crítica.

It misturou terror, drama e comédia. Esse misto de sensações provocadas no espectador, talvez possa dar uma falsa impressão que não temos terror.

Houve uma maior exploração no lado cômico, isso é óbvio. Tanto as crianças quanto o próprio Pennywise arrancaram gargalhadas de todos que estavam no cinema no dia em que assisti.

Mas o terror sempre estave presente. E nem sempre foi provocado pela aberração em forma de palhaço.

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Existe violência humana incrustada. Abuso sexual, preconceito, abuso psicológico. É um grupo de crianças com todo o atrativo para um palhaço assassino.

A produção, em minha opinião (vale considerar que sou apenas uma aventureira no ramo da crítica cinematográfica) foi espetacular. A fotografia, atuação, efeitos especiais... tudo incrível!

Não li o livro, mesmo sendo uma grande fã do autor, mas acho que, tendo por base a opinião de quem já leu, o filme pecou em não representar tão bem o mal que A Coisa pode fazer aos adultos. Acredito que seja por isso que muitos apontaram como terror fraco, pelo fato de ter se mantido em torno das crianças.

Particularmente, não achei nada fraco. Apreciei e muito! E aguardo ansiosa pela continuação, que está prevista para 2019.

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