Resenha: Uma Sombra Ardente e Brilhante

Título: Uma Sombra Ardente e Brilhante | Autora: Jessica Cluess | Editora: Galera Record | Ano: 2017 | Páginas: 336

Uma Sombra Ardente e Brilhante é o primeiro livro da série Kingdom on Fire, e nele conheceremos Henrietta Howel. 

Às vezes, parece que moças são treinadas desde o nascimento para jamais contribuírem com nada de original em uma conversa.

Henrietta é capaz de controlar o fogo, mas esconde isso de todos por medo de ser submetida a guilhotina, afinal, não existiam mulheres feiticeiras e ela poderia muito bem ser taxada de bruxa fazendo com que fosse julgada e executada num piscar de olhos. A única pessoa que sabe de seu dom é seu amigo Rook, um impuro, marcado por cicatrizes por um ser maligno e malfeitor. 

Henrietta é professora em uma escola para garotas e faz o possível para manter suas chamas em controle, e é por isso que quando Agrippa, um feiticeiro, aparece na escola na qual leciona em busca da garota que produz chamas, ela faz o possível para se controlar. Só que seus esforços de nada adianta, já que quando vê Rook em perigo, ela acaba por liberar seus poderes. 

Agrippa está atrás da garota da profecia, aquela que salvará a todos dos Ancestrais, e ao se deparar com o poder de Henrietta, ele imagina que ela é a garota que tanto procura, e logo faz a proposta de ser seu professor e de levá-la para Londres para ajudá-la com seus poderes, para que pudesse receber a comenda da rainha e lutar junto com outros feiticeiros. 

Henrietta acaba aceitando a proposta de ir para Londres depois que descobriu que Agrippa não estava ali para matá-la. Ela sabe que será uma provação mostrar ser capaz de tudo o que Agrippa espera dela, ainda mais quando não é bem aceita por todos. A sociedade londrina é machista, e algumas pessoas não acreditam que ela realmente é a garota da profecia. Henrietta dará tudo de si para provar o contrário, mesmo que isso signifique mentir sobre quem realmente é. 

Eu não podia perder meu posto. Por nenhum motivo do mundo.
 Nem em prol da verdade.

Comecei a ler o livro de uma forma totalmente despretensiosa, mas bastou apenas algumas páginas para me ver completamente presa a história. 

Orgulho numa mulher era imperdoável.

Henrietta fará o possível parar ser aceita na Ordem e receber sua tão sonhada comenda. Ela é a única feiticeira há anos, e manter seu lugar nas aulas de Agrippa se tornará uma provação, já que não consegue controlar seus poderes e seguir as instruções dadas a ela durantes as aulas de feitiço, sem contar que há muitas lacunas em sua vida e ela precisa de respostas. E ainda tem aqueles que estão dispostos a elimina-la por acreditar que uma garota não é digna de manter-se ao lado de feiticeiros. 

Completamente girl power, Henrietta acaba por conquistar o leitor com sua garra e determinação. Sua personalidade com certeza é o que mais chama atenção durante a leitura. 

[...] – Mas nossa sociedade se baseia unicamente em tradição. Você é uma intrusa e não pode mudar isso.

É claro que os personagens secundários são essenciais na trama. Meu lado romântico esperou encontrar um romance entre Henrietta e Blackwood, um dos alunos de Agrippa, só que nada aconteceu rs, mas é claro que isso não atrapalhou em nada a minha leitura, na verdade, por fim, nem fez falta. Henrietta é autossuficiente e prova isso com suas ações. 

– Nunca vou me casar. Nenhum homem me deixaria participar de batalhas, e eu não iria querer ninguém que pudesse me impedir de cumprir meu dever.

Uma história fantástica, permeada de magia, intrigas, lutas, traição e, é claro, muita ação e feitiços. Gostei muito do desfecho e confesso que já estou ansiosa para o próximo livro. 

Narrado em primeira pessoa por Henrietta, nos vemos cada vez mais envolvidos por seu “mundo”. A capa é chamativa e o título é em alto relevo(!), então imaginem se não é a coisa mais linda 😍. 

Adorei e recomendo! 

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