Manas do Culpa: Capitã Marvel
No filme Guerra Infinita, o desfecho abre portas para a introdução de uma... não tão nova assim super-heroína do universo Marvel para os cinemas.
Já ouviram falar na Capitã Marvel? Talvez só agora com o boom de Guerra Infinita, mas o fato é que essa personagem chegou para os cinemas para fortalecer ainda mais o conceito do feminismo contemporâneo.
Afinal de contas, o universo Marvel precisa de ajuda, e a esperança de todos os heróis, humanos e fãs de carteirinha, estão depositadas nas mãos de uma incrível mulher.
Mas quem é essa super-heroína?
Te conto agora. Capitã Marvel é empoderada, é independente, tem uma história fantástica e por isso, é uma Mana do Culpa.
Para quem acompanha os quadrinhos, com certeza já sabe tudo sobre a personagem. Seu nome verdadeiro é Carol Danvers.
Ela apareceu pela primeira vez nos quadrinhos em 1968 (auge do movimento feminista), sendo criada pelo roteirista Roy Thomas e pelo desenhista Gene Colan.
Carol era uma piloto da Força Aérea dos Estados Unidos. Eu já a considero incrível a partir de então, pois estamos falando de uma mulher pilotando aviões na década de 70!!! E tem mais: a Força Aérea dos EUA era considerada a instituição mais machista da época.
Ela se alistou no exército com 18 anos para pagar sua faculdade. Seu talento e esforço a fez chegar ao título de Major.
Em uma de suas missões enquanto piloto, fora atingida por uma explosão de uma nave alienígena; sendo salva pelo guerreiro Mar-Vell, que mais tarde viria a se tornar o Capitão Marvel. Acontece que essa explosão surtiu uma radiação intensa, que foi capaz de modificar o DNA de Carol, transformando-a em uma híbrida humana-Kree.
Assim, ela adquiriu vários poderes, dentre eles:
*Super força - também é capaz de absorver quase todo tipo de energia, podendo usá-la para aumentar temporariamente sua própria força física;
*Super resistência - os tecidos de seu corpo são mais resistentes à ferimentos físicos quando comparados à um humano comum. É capaz de resistir a tiros de balas de armas de alto calibre, resiste facilmente à grandes impactos, como queda de locais altos, exposição à temperaturas extremas e até mesmo explosões de energia. Também se provou capaz de sobreviver no espaço, precisando de pouca quantidade de oxigênio;
*Resistência à maioria das toxinas e venenos - sua fisiologia a torna imune contra muitos venenos e toxinas;
*Velocidade e agilidade sobre-humana;
*Vigor sobre-humano - ela pode agir por mais de 24 horas seguidas sem se cansar; sendo capaz de canalizar energia para aumentar ainda mais seu vigor;
*Vôo - sim!! Ela pode voar!!
*Sétimo sentido e habilidades psíquicas - ela é capaz até mesmo de antecipar os movimentos de seus oponentes;
*Absorção e manipulação de energia - já disse isso, mas vale repetir: seu corpo é capaz de absorver vários tipos de energia com o propósito de melhorar seus próprios atributos físicos;
*Explosões de fótons - ela consegue lançar poderosas explosões de fótons e luzes estelares de suas mãos e dedos.
Estão maravilhados? Eu estou!
Precisando lidar com uma nova identidade e ainda com todas as mudanças de seu corpo, Carol não conseguia controlar suas capacidades inumanas, sendo afastada da NASA. A relação da Major com o órgão se tornou pior quando escreveu um livro revelando segredos da instituição. O livro a impediu de voltar para a agência, porém se tornou um verdadeiro best seller, fazendo de Carol uma celebridade. E foi assim que ela conquistou o trabalho como editora na revista Woman Magazine.
Vale ressaltar que Carol é muito inteligente. Claro que desempenhou um papel perfeito enquanto jornalista, inclusive promovendo uma mudança brusca na direção da revista, focando na carreira das mulheres.
Mas as transformações não paravam. Carol sofria com perda de memória e parecia possuir duas personalidades.
Já ciente de seus poderes, passa finalmente a controlá-los.
Dessa forma, a Major Carol Danvers recebeu a alcunha de Ms. Marvel. E tem toda uma história feminista por trás desse nome: no final da década de 70, a utilização de "Ms." se tornava muito popular como substituição dos tradicionais "Miss" ou "Mrs", que se referiam ao estado civil da mulher (o primeiro para solteiras, o segundo para as casadas). "Ms" era a alternativa para as mulheres independentes da época.
Esse título foi escolhido pelo autor Gerry Conway, em 1977, e com isso ele associou conscientemente a personagem ao feminismo, assumindo que a história de Carol representaria às mulheres consciência elevada, auto-libertação e identidade.
Se estabeleceu como um das primeiras heroínas de Nova York, trabalhando com o Homem-Aranha, Os Defensores e Os Vingadores.
Numa batalha contra Vampira (ainda vilã), Ms Marvel perde quase todos os seus poderes, sendo estes absorvidos por Vampira. Carol quase foi morta, perdendo praticamente toda sua memória, que foi recuperada em partes por Charles Xavier.
Assim, nessa época, se tornou aliada dos X-Men.
Mais tarde, fora abduzida por um alien chamado Ninhada. Fora submetida por um raio que, ao invés de destruí-la, acabou por destravar seus poderes, que retornaram muito mais intensos. Assim, se tornou uma mutante com habilidades cósmicas, e passou a ser chamada de Binária.
Com seus poderes melhorados, porém ainda sem as memórias emocionais tomadas por Vampira, Carol decidiu deixar o planeta Terra e se aventurar no espaço. Outra batalha aconteceu, desta vez com o intuito de recuperar suas memórias emocionais.
Derrotada, perdeu suas capacidades cósmicas e adotou o nome de Warbird. E foi assim que se juntou novamente aos Vingadores. Porém, ainda com seu vazio emocional somado a insegurança da perda de muitos poderes, Carol estava cada vez mais descontrolada e passa a encontrar refúgio no álcool.
Chegou ao alcoolismo, sendo retirada da equipe dos Vingadores. Quem a ajudou muito foi o Homem de Ferro. Amigo no momento em que ela mais precisou, Carol consegue então enxergar o problema e enfrentá-lo.
De volta a equipe, recebeu a sugestão do nome Capitã Marvel de ninguém mais ninguém menos que Capitão América. E tem uma mensagem carregada de humor e empoderamento nessa escolha: a sugestão se baseou em Capitão Marvel, porém Carol alfineta América lembrando-o que na verdade era Major (cargo acima de Capitão).
Diante de muitas lutas bem sucedidas, Capitã Marvel passa a ser considerada a maior heroína da Terra.
Lutou bravamente sozinha e também em grupo, com Os Vingadores. Atualmente, ainda é uma grande aliada do grupo.
Agora sabemos que o mundo devastado deixado com o desfecho de Guerra Infinita poderá ser facilmente salvo por Capitã Marvel.
A introdução de um filme com essa personagem é um marco, afinal é a primeira super-heroína da Marvel a ganhar um filme solo. Em épocas onde lutamos pela força feminina, não poderia ser um melhor momento. Precisamos de super-heroínas, é fato!
O filme está previsto para estrear em 08 de março de 2019 (no dia internacional da mulher), e a atriz escolhida para dar vida a heroína é Brie Larson.
Gostaram? Espero que sim.
Beijos amores, até mais!
Fontes de Pesquisa:
Olá Bia,
ResponderEliminarInfelizmente nunca li os quadrinhos da Marvel, mas acompanho o UCM desde 2008. É claro que fiquei bem animada com esse filme da Capitã Marvel, logo que a notícia de seu filme foi lançada, já fui pesquisar sobre ela, porém não li tanto sobre sua trajetória, por amei seu post. Não sabia de todo o fundo feminista da sua criação e como demorou para ela assumir a identidade de Capitã Marvel. Agora é aguardar o lançamento do filme ano que vem, e depois ficar ansioso para ver o desfecho de Guerra Infinita.
Abraço!
A Arte de Escrever