Resenha: O Destino de Tearling
Título: O Destino de Tearling | Autora: Erika Johansen | Editora: Suma | Ano: 2018 | Páginas: 360
"Não haveria mais magia, não mais; a realidade era aquela carroça poeirenta, deslizando inexoravelmente para a frente , levando-a para longe de casa."
Desde o primeiro livro da trilogia acompanhamos Kelsea tendo que tomar decisões para fazer o melhor para o seu reino. Algumas vezes ela acertou em suas decisões e em algumas errou, agora ela está nas mãos da Rainha Vermelha, após se entregar durante um ataque a Tearling.
Kelsea se tornou prisioneira para livrar Tearling de um fim eminente, acontece que talvez Mortmesne seja o menor dos seus problemas, já que a igreja está unindo forças para derrubar o reinado dela, e também tem o fato de que "o órfão" e seu exercito de crianças assassinas estão destruindo vilas em busca de algo que há trezentos anos ele procura: a coroa.
E por falar no órfão, após ser libertado, ele está fazendo o possível para ter êxito em sua busca, e se há algo que a Rainha Vermelha teme, é ele, e talvez para derrotá-lo ela precisará unir suas forças com as de Kelsea, já que a cada dia que se passa ele se aproxima ainda mais de Mortmesne.
Para tentar entender a atual situação em que está vivendo, Kelsea recorre ao passado, e neste último livro que as visões que ela tinha da pós-travessia vão sendo esclarecidas. E é aqui que passado e presente começam a fazer sentindo.
"O erro da utopia é presumir que tudo vai ser perfeito. A perfeição pode ser a definição, mas nós somos humanos, e mesmo para a utopia levamos nossas dores, erros, invejas e desgostos."
Erika Johansen trabalha um pouco mais a vida de alguns personagens, dá mais enfases para alguns, e para outros que nos foram apresentados desde o primeiro livro. Um ponto que me incomodou foi a revelação do verdadeiro pai de Kelsea, não sei se a intenção da autora era deixar o leitor impactado, mas comigo não foi isso que aconteceu.
É um pouco difícil falar do desfecho da história já que há alguns elementos esclarecedores neste livro que podem acabar se tornando spoiler para os leitores que ainda não começaram a ler a trilogia.
Confesso que o final não foi nem de longe o que eu esperava; não sei se não consegui absorver tudo o que a autora quis passar, ou se apenas foi o fato de achar que o final seria impactante e satisfatório; o que não foi para mim. A sensação que tive é que tudo não passou de um sonho. Acho que ficaram algumas pontas soltas, e não sei se isso foi proposital para, quem sabe, uma sequência.
A Editora Suma fez mais uma vez um trabalho incrível na edição, e a capa segue o mesmo padrão dos livros anteriores da trilogia.
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