Resenha da Série: O Mundo Sombrio de Sabrina


Título: O Mundo Sombrio de Sabrina | Ano de Lançamento: 2018 | Direção: Roberto Aguirre-Sacasa | Distribuidor: Netflix

Com 32 anos, eu fui a pessoa que, na infância e pré-adolescência, acompanhou fervorosamente a série Sabrina, Aprendiz de Feiticeira. 

Gostava tanto que nem sei enumerar quantas vezes assisti ao filme, inspirado na série original. Sem contar que a série, na época, era transmitida pelo SBT; assim sendo, os episódios repetidos eram rotineiros.

Delirei quando soube do reboot, e fiquei ainda mais feliz ao constatar que o mesmo teria uma pegada mais sombria. Mesmo assim, demorei para conferir a série completa, que ainda faz parte do catálogo da Netflix.


O reboot mantém muitas características da série original. Também temos uma adolescente metade bruxa metade humana; criada pelas tias (uma muito bondosa, a outra um tanto mal-humorada e impaciente); um namoradinho alheio a condição de Sabrina; e muitos outros detalhes que remetem diretamente à primeira versão.

Mas o ponto crucial do reboot, com toda certeza são os novos elementos; desta vez mais sombrios. 

Sabrina (Kiernan Shipka) está prestes a completar 16 anos. E é no seu aniversário, que precisará tomar a decisão mais importante de sua vida: escolher entre ser uma bruxa ou uma humana.

Criada por suas tias bruxas, uma vez que ficara órfã ainda muito nova; Sabrina conhece os dois lados de sua condição. Mesmo que os feitiços e a introdução na Academia de Artes Ocultas provocam um certo encantamento na garota; sua condição humana tem os vínculos emocionais que ela ainda não está preparada para abandonar: seus amigos e seu namorado.

Sabrina é uma garota forte, que ao contrário da versão original, sabe lidar muito bem com seus conhecimentos, mesmo que menores, sobre feitiçaria. Outro ponto importante da série, é que Sabrina é completamente empoderada. Aliás, o feminismo está muito presente na série, e podemos enxergar , em segundo plano, muitas mensagens sobre construção social, bullying, preconceito, patriarcado,  etc; encrustadas de forma subliminar.

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Enquanto Sabrina precisa decidir sobre sua vida, demais acontecimentos relacionados à sua escolha ameaçam diretamente sua família e seus amigos. Assim, a série ganha ação. E nem preciso citar que tais acontecimentos são sombrios e medonhos, fazendo com que o misto fantasia e terror caminhem juntos.

Esqueçam a comédia e a doçura de Sabrina dos anos 90. Nos tempos atuais, Sabrina é destemida, não teme nem mesmo o próprio demônio. Essa nova versão, condiz perfeitamente com a definição de bruxaria.

Considerei os efeitos especiais um tanto que grosseiros, mas mesmo assim, a série provoca terror. O enredo mexe diretamente com o conceito religião, e mesmo trazendo como foco o ocultismo, destaca sobre o quanto a religião influencia nossas próprias escolhas.

Ação, fantasia, feminismo, terror. Ingredientes perfeitos para uma maratona completa e para, ainda, desejarmos ansiosamente uma continuação.

Fato esse que foi atendido. Em abril, chega a segunda temporada. A terceira e a quarta já foram confirmadas.


Dentre todas as séries do catálogo da Netflix que já assisti recentemente; Sabrina é uma das únicas que tem uma razão para que mais temporadas se estendam. O mundo sombrio criado aqui precisa ser explorado, e nós, telespectadores, estamos completamente curiosos para conhecer tudo que ele esconde.

Série mais que recomendada aos fãs de terror e fantasia.

Só uma informação antes de concluir meu post: a série vai ganhar um prelúdio em forma de livro. A informação vem do site Adoro Cinema. Ainda sem previsão de lançamento no Brasil. o livro será lançado na gringa pela editora Scholastic em 09 de julho. 


É isso culpados, espero que tenham gostado. Já assistiram? Gostaram? Ansiosos pela segunda temporada? Contem pra nós nos comentários.

Beijinhos!


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