Resenha do Filme: Dumplin


Título: Dumplin | Ano de Lançamento: 2019 | Direção: Anne Fletcher | Distribuidor: Netflix


Sempre fico feliz quando vejo que alguma obra vai ser adaptada, mesmo sabendo que na maioria das vezes as adaptações não chegam nem perto da grandiosidade dos livros. E mesmo sem ter lido Dumplin, acredito que o filme atenderá as expectativas dos leitores, porque eu definitivamente amei!


Willowdean foi criada por sua tia Lucy, já que Rosie, sua mãe, sempre estava envolvida em concursos de miss e tinha pouco tempo para se dedicar a filha. Mas quando Lucy se vai, Willowdean tem que aprender a viver com a falta que a tia lhe faz. 

Willowdean, diferentemente de sua mãe, foge dos padrões exigidos pela sociedade, pois desde de pequena esteve acima do peso. Isso nunca foi um problema para ela, nem mesmo quando sofria bullying nas ruas e na escola. Ela sempre teve o apoio de sua tia e cresceu sendo autossuficiente, mas tudo muda quando ela se vê balançada por um colega de trabalho - que ela acredita que nunca terá olhos para ela por causa de seu corpo - e também quando descobre algo sobre o passado de Lucy. 

Por acreditar que fisicamente nunca foi a filha que sua mãe esperou e como uma forma de protesto, Willowdean decide se inscrever no concurso de miss, evidenciando que o belo vai muito além do que a sociedade estabelece como padrão: a mulher alta e magra.



Se fosse para descrever Dumplin com uma única palavra, eu o descreveria como: grandioso. A história é consistente e oscila entre a comédia e a emoção. Uma reflexão sobre o autoconhecimento e amor próprio.



Willowdean é um exemplo de força feminina, que mesmo tendo agido por impulso, fez algo grandioso ao se inscrever no concurso de miss. O que era para ser um motim, acabou se tornando uma oportunidade para provar que, nenhuma mulher precisa seguir as regras que a sociedade dita e que estar bem consigo mesma é o que a faz a mais bela de todas.

Vemos aqui o quão cruel a sociedade pode ser, mas o melhor de tudo é que vemos como é importante se autoaceitar e entender que não existe um padrão para alguém ser definido como bonito ou até mesmo para ter talento. Somos bonitos e talentosos à nossa maneira. 

Dumplin com certeza entrou para a lista de filmes favoritos e confesso que mal vejo a hora de poder ler o livro. 

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