Resenha: Corte de Espinhos e Rosas

Título: Corte de Espinhos e Rosas - Corte de Espinhos e Rosas #1 | Autora: Sarah J. Maas | Editora: Galera Record | Ano: 2015 | Páginas: 434

Hey, Culpados!
A resenha de hoje é de uma releitura de "A Bela e a Fera" que me ganhou com essa capa, mas no quesito história não me conquistou completamente.

Nunca tinha lido nada da Sarah J. Maas e por causa dos vários comentários positivos que eu já tinha lido sobre sua escrita e também por causa dessa capa maravilhosa, acabei comprando o livro e comecei a devorá-lo. Mas quando terminei a leitura a sensação que ficou foi a de frustração.

O livro é todo narrado em primeira pessoa por Feyre.

Logo de início conhecemos a realidade de Feyre e sua família: eles eram ricos, mas, de repente, perderam tudo. E para sobreviver, se alimentar e manter seu pai e suas duas irmãs vivas, Feyre acabou aprendendo a caçar. E infelizmente ou felizmente durante uma das suas caças ela acaba matando um lobo, que para seu infortúnio, era um feérico.

Os feéricos são seres místicos, que há muitos anos fizeram um acordo com os humanos acabando com a guerra entre eles. Mas Feyre quebrou o acordo e agora terá que pagar por ter assassinado um deles. 

"- Uma vida por outra. Qualquer ataque não provocado contra feéricos, por humanos, só pode ser pago com uma vida humana em troca." 

Feyre tem sua casa invadida e acaba sendo levada por um ser bestial (Tamlin) para viver com ele na Corte Feérica Primaveril, para pagar sua dívida por ter matado um feérico.

Inicialmente Feyre é toda arisca, mas com o passar dos dias ela entende que Tamlin não fará nada para machucá-la, e ambos acabam se entendendo e criando uma amizade. Tamlin acaba contando sobre a praga que aflige a suas terras e seu mundo. E a cada dia que passa, mais envolvida Feyre se sente. E por incrível que pareça ela acaba se apaixonando por Tamlin, um ser feérico que ela sempre esperou odiar.

"Eu não era feérica, mas era parte daquela terra, e a terra era parte de mim, e eu ficaria feliz de dançar sobre ela pelo resto da vida."

Mas a praga continua assolando a Corte Primaveril, e Feyre acaba sendo obrigada a se afastar de Tamlin. Mas, após algum tempo longe dele, Feyre acaba decidindo lutar pelo seu amor e seu povo. Só que para acabar com a praga, com o mal, dependeria unicamente dela.

Feyre agora terá que lutar por Tamlin e seu povo, e para conseguir a liberdade deles, ela terá que cumprir três tarefas, ou, desvendar uma charada. Seria ela capaz? 

"Chorei por tudo o que havia perdido, cada ferimento que recebera, cada ferida - física ou não. Chorei por aquela parte trivial de mim, certa vez tão cheia de cor e luz... e agora oca e escura e vazia."

O início do livro é muito bom e instigante e deixa o leitor ávido por mais, mas eu achei que a história perdeu um pouco de encanto quando a Feyre teve que ir embora. Depois disso a história já não me prendeu tanto e os personagens perderam um pouco do seu brilho. 

Feyre é uma mocinha forte e dona de si. Que quando decide algo, não se importa com as consequências, simplesmente vai e faz. O romance entre ela e Tamlin nos rende poucas cenas, senti falta de algo mais entre eles. 

Tamlin é um dos feéricos mais poderoso, e ele me conquistou desde o início. Acho que ele é o personagem mais querido de Corte de Espinhos e Rosas.

Alguns personagens secundários são marcantes. Gostei de Lucien, o braço direito de Tamlin. Temos também o feérico Rhysand, que me deixou curiosa sobre ele, mas suas atitudes não fizeram muito sentindo para mim. 

O mal que assombra os feéricos não me convenceu rs. Achei fraco demais o motivo para tanta raiva e ira, ainda mais sobre seu próprio povo. Sobre a charada que mencionei? Era tão óbvio, mas não era óbvio para os personagens hahaha, vai entender. 

A história é boa, tanto é que tem agradado praticamente quase todos os leitores, mas comigo não funcionou, não me convenceu completamente. Mas com certeza lerei os próximos livros. 

"Mate um feérico, apaixone-se por um feérico, então, seja forçada a matar um feérico para manter aquele amor. Era genial e cruel, e ela sabia disso."

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