Culpalist: 05 clichês que deveriam deixar de existir

Olá culpadas(os)! Vocês estão bem? Eu amo essa coluna, e sério, não queria começar problematizando. Até iniciei uma "lista" sobre mães, mas é mais forte que eu.

Se não for para problematizar nem blogo (rsrs).

Vocês que nos acompanham desde sempre devem estar até achando estranho o fato de que ando lendo mais livros "doces" que trevosos. Curto demais os gêneros terror e suspense, mas confesso que optei por livros mais doces nessa quarentena.

E eis que me deparo com alguns clichês, em livros contemporâneos, que nem deveriam existir nos dias de hoje. E são eles que listo hoje, na primeira edição do culpalist após nosso retorno.



Relacionamento ser sinônimo de reabilitação

Em Cada Canto: TAG | Katy Perry Tag Book | Por Leila Jacob

Repitam comigo meninas: mulheres não são centro de reabilitação para homens. E homens não são a solução dos problemas femininos. 

Entenderam? Não é legal romantizar uma coisa ou outra. Acho divino as pessoas resolverem mudar para se ajustarem na vida de outra pessoa, mas isso não significa que aquela outra pessoa precisa carregar o fardo de "não posso me separar, pois ele(a) desabará". E muito menos o fardo de tentar ser a responsável em mudar o estilo de vida de alguém. 

É um clichê ridículo, que não devemos nunquinha trazer para a realidade.

Casamento de conveniência nos dias atuais


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Eu entendo perfeitamente o casamento de conveniência nos livros de época, e sério, alguns soam românticos. Também entendo o contexto existente em livros que retratam culturas onde ainda é comum, infelizmente, os casamentos arranjados.

Mas num contexto contemporâneo, não enxergo romantismo. Casar obrigada, sob ameaças, ou pelo fato de ter um filho e precisar do reconhecimento do pai; foge completamente do romantismo. É próximo do abuso o que algumas histórias retratam sobre o tema.

Homens que exigem da mocinha um casamento sob a ameaça de brigar na justiça por seu filho, mulheres que exigem do mocinho um casamento arranjado em troca de terras... Enfim, é um clichê que não cai bem em enredos atuais, e deveria ser exterminado.

Romantização de homens violentos e instáveis

JustWendy's Content - Page 2 - BreatheHeavy.com | Exhale

Em respeito à algumas autoras, eu não entro em detalhes sobre atos que remetem a violência doméstica em alguns livros que li. Levo em consideração a trama ser fictícia, mas considero, pessoalmente falando, algo muito sério. Pois existem mulheres que leem romances e acabam se enxergando ali, e muitas ainda tendem a romantizar sua vida real com base no que tiram desses livros.

Li uma cena, num romance que li e não resenhei, onde a mocinha leva um tapa na cara por ter irritado o mocinho. E a justificativa veio rápida: "olha o que você me fez fazer?". O mocinho então chora, e a mocinha pede desculpas.

Isso não é romântico. Agressão física não tem justificativa, não tem romantismo. Existe outro quadro comum em romances: o mocinho que não quer se envolver, se relaciona com várias ao mesmo tempo e cobra exclusividade da mocinha.

Quão machista é isso! E ainda suspiramos por quadros assim.

Alguns mocinhos fogem completamente da linha bad boy. Eles são agressivos, possessivos, agridem fisicamente outras pessoas (e a mocinha gosta) com a crença de defender a honra de quem ama. Eu, sinceramente, fugiria para as colinas de homens assim. 

Competição Feminina

taylor swift you need to calm down gif - Pesquisa Google em 2020 ...

Relendo um livro que eu amava no passado, uma personagem secundária me chamou a atenção. Ela é tida como "vadia", inclusive pelo protagonista que a trata como tal. Não existe uma rivalidade nítida, mas as entrelinhas apontam a tal personagem como uma possível antagonista, e a rivalidade paira no ar. Interpretem como quiser... Eu mesma cheguei a interpretar a ação da moça como ruim, então como leitora do passado, julguei e passei a criar uma competição entre a mocinha e ela, na minha mente fértil.

E isso fica mais nítido em outros livros. Até mesmo em filmes e principalmente em novelas. Duas mulheres rivais por causa de um homem.

Isso é ridículo! E deve parar de existir.

A quantidade de parceiros ser relevante 

Girl10real GIF | Gfycat

A cena é sempre a mesma: a mocinha perde a virgindade, por algum motivo se separa do mocinho, eles se reencontram anos depois; e na hora H a pergunta "quantos você teve?".

Ahh gente!!! Sério isso? O cara pode ter várias, mas a mocinha precisa se guardar? Somente parem.

Romances são feitos para sonhar, e já que iremos sonhar, que tal mais empoderamento? Alguns clichês são maravilhosos e devemos enaltecê-los... mas outros, bem, melhor esquecermos ou deixarmos para contextos cabíveis.

Beijos amores e amoras,

Até mais!!


2 comentários:

  1. Oi, Bia! Eu concordo com quase todos, principalmente a pergunta clichê dos parceiros, a famosa reabilitação, como se a pepeka da mocinha fosse mágica e transformadora e os homens brutos e arrogantes tachados de mocinho, mas eu AMO casamento por conveniência, é um dos clichês que mais me envolve <3
    Beijo
    http://www.capitulotreze.com.br/

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    1. Oi sua linda!! Que delícia "rever" de certa forma, você por aqui. hahaha o casamento de conveniência tem lá seus momentos românticos, mas eu enxergo isso nos romances de época. Nos contemporâneos, já não vejo romantismo kkkk.
      Obrigada pela visita!!
      Beijos

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