Resenha da Série Coisa Mais Linda - Segunda Temporada

 


Título: Coisa Mais Linda | Direção: Heather Roth e Giuliano Cedroni | Distribuidor: Netflix | Ano: 2020

Eu sou apaixonada por essa série e me sinto completamente orgulhosa do fato dela ser nacional. Caso não tenha assistido a primeira temporada, não recomendo ler minha resenha. Tentarei não soltar spoiler, mas as vezes um detalhe ou outro pode estragar a surpresa.

Coisa Mais Linda traz um elenco maravilhoso, um figurino e maquiagem de fazer brilhar os olhos. A fotografia é linda e o cenário não poderia ser melhor: o Rio de Janeiro da década de 50.

Mas não pensem que é só de beleza que essa série se destaca. O enredo aborda a luta das mulheres em conquistar seu espaço. Seja no trabalho, seja no casamento. Questões importantes e atuais do feminismo são tratadas em forma de ficção. E posso falar? A série acaba por remontar toda a necessidade do feminismo para as conquistas que temos hoje.

Traz uma verdadeira demonstração do que era ser mulher na década de 50 no Brasil. Época esta em que o marido tinha total poder sobre sua esposa. Onde matar uma mulher por amor poderia ser visto como algo natural. E onde ainda, o racismo era mais nítido.

A série traz mulheres protagonistas com essências diferentes e claro, com lutas diversas. Não poderia ser mais honrosa, já que temos demonstrações que conseguem abraçar a diversidade de classes sociais, orientação sexual, raça. E temos sim um limiar, onde todas acabam se unindo pela luta da outra e claro, por uma luta em comum.

A mensagem de respeito e de empatia é clara. Os dramas são diferentes da primeira temporada, trazendo agora uma Maria Luiza que tenta retomar as rédeas de sua casa noturna.

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Adélia está a todo vapor com os preparativos de seu casamento com Capitão. Mas sentimos que algo não vai bem. 

Thereza deixa o trabalho para ajudar com a rotina da filhinha de Adélia com seu marido. E várias questões surgem a partir daí. Ela se sente feliz com a criança, que tem apego por ela, mas ao mesmo tempo sente saudade de trabalhar.

E todas querem justiça pela morte de Lígia. 

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Um enredo que prende, que faz com que você sinta vontade em maratonar. E ao final, um gosto de quero mais, já que abre gancho pra uma terceira temporada.

Ficamos revoltadas, apaixonadas e cheias de empoderamento.

As cenas de nudismo feminino incomodaram e muito algumas telespectadoras. Eu interpreto pelo ponto de corpo livre. Mesmo com a falta de nudez masculina, o que abre ressalvas para questionarmos que a dramaturgia brasileira ainda precisa amadurecer nesse quesito, podemos, em contrapartida, refletir sobre a questão do corpo livre.

Eu recomendo mil vezes essa série. 

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