A Culpa é da Autora: Rupi Kaur


Retomar essa coluna exigia que começássemos com impacto. Eu não quero simplesmente copiar e colar textos que pintam a vida linda de escritores, mas sim, quero mostrar o impacto que eles provocam além dos seus livros.

E nada mais impactante que começar falando sobre Rupi Kaur. 

Já ouviram falar no termo instapoet? Como o nome sugere, dando um significado completamente mastigado, é um termo que designa os poetas da rede social Instagram. E não tem jeito de falar de Rupi sem falar em instapoet, já que ela é considerada a rainha dos Instapoets.

Imigrante da Índia, vive em Toronto no Canadá, e começou sua carreira justamente publicando poemas no Instagram.

Com apenas 25 anos, foi considerada uma das autoras mais populares dos EUA.

Claro que ela nunca imaginou que algum dia teria esse sucesso todo. Quando pequena, desenhava e pintava por influência da mãe; mas a escrita sempre fora sua companheira.

Em 2013 levou sua escrita para o Tumblr e um ano mais tarde, para o Instagram, adicionando ilustrações simples.

Seus escritos não são poemas comuns. Rupi trata de abusos, violência, machismo, maternidade, sofrimento, trauma. Aliás, ela considera o trauma feminino como sua matéria-prima.

A sua visibilidade se deu por conta de uma fotografia compartilhada em sua rede social. Ao postar uma foto sua deitada com uma mancha de sangue menstrual em sua calça, viu sua foto ser removida pela rede "por não ser de acordo com as diretrizes."

E assim meus amores, surgiu uma discussão histórica sobre o tabu da menstruação. 


Infelizmente a qualidade da imagem não está legal, porém ela fez um texto forte denunciando o desrespeito da rede. Rupi questionou que seu corpo seria aceito em fotos que a mostrasse de roupas íntimas, mas se enquadrava fora das diretrizes por apresentar um vazamento. 

Sua foto foi compartilhada milhares de vezes. E gerou muita repercussão ao seu perfil. Assim sendo, sua poesia acabou contagiando muita gente.

Seus poemas são únicos e profundos. Outra característica que os tornam únicos se dá pelo fato de que Rupi não utiliza letras maiúsculas, como forma de homenagear a escrita punjabi.

Livros



Ocupou o primeiro lugar no New York Times na lista de mais vendidos em 2015. Tive o prazer em ler tardiamente, apenas no início do ano.

Fiquei tocada pela escrita. Me emocionei e me vi em muitos versos.


Eu chorei por ela ter trazido poemas que retratam justamente parte do meu sentimento pelo meu pai. Acredito que nunca li nada que pudesse ser tão real. 


Esse ainda não li. De maneira geral, de acordo com resenhas já publicadas da obra, o livro aborda relacionamentos e traz a natureza como uma grande metáfora em vários aspectos da vida.

Skoob | IG

Já conheciam a autora? Já leram os livros publicados? Contem pra mim nos comentários.

Fontes:


2 comentários:

  1. Eu também,só li esse ano,Outros jeitos de usar a boca.E que vontade de ter lido antes,o livro me tocou demais,precisei parar a leitura várias vezes,para processar todas as emoções. É incrível como nós mulheres,temos vivências semelhantes,mesmo sendo diversas como somos,ainda compartilhamos muitas experiências em comum.

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    1. Oi lindeza!! Eu to louca pra comprar o outro livro, queria físico. Concordo com você, experiências nos une.
      Beijos

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